domingo, 24 de julho de 2011

A minha aldeia

À minha Aldeia

Ainda no teu orvalho a refrescar me sinto
Volto a ser filha da terra, fico no teu regaço
Ébria de afagos os raios de sol eu finto
E entrego-te o meu sorriso, o meu abraço.

Respiro o aroma das flores, percorro teu seio
Baloiço-me nas àrvores onde sopra o vento
Todos os sentidos para ti norteio
Um abraço é inevitável o amor é o sentimento.

No rio molho os pés nos redemoinhos
Recordo quando o tempo não passava por mim
Lembro ser jovem, conheço teus caminhos
Lembro que era eu o tempo que não tinha fim.

Vem à memória a partida como se fosse hoje!
Levava comigo a tristeza por companhia
Ouço o grito dos pássaros na madrugada doce
E lembro a claridade a chegar anunciando o dia.

Também a saudade de quem ficou e não esqueceu
Já nada seria como dantes, e na amizade?!
A simplicidade dos gestos, uma carta se escreveu
A ausência sentida se tornaria eternidade.

Lembranças...São lembranças e eu as guardei!
Fechadas num subescrito selado
Cada pormenor dentro de mim gravei
Com amor mantenho dentro do peito guardado.

Esta é mais uma poesia de lembranças de que a Vida é feita.

rosafogo

Sem comentários:

Arquivo do blogue