terça-feira, 13 de maio de 2014

mestras perfeitas...

rago recordações amontoadas
no fundo de mim mesma
lá fora os saramagos
e as papoilas orvalhadas
aqui as minhas mãos ainda vivas
esrevendo sonhos impossíveis
alheias ao dia
sem acatar esta canseira
correndo com destreza no papel
minhas mãos de secreto mel
mestras perfeitas em escrever
nostalgia e tristeza.


mãos orvalhadas de medo
onde já há becos sem saída
e pontes de despedida


vertem no papel labaredas antigas
mãos de poeta, mãos de jardim
mariposas que voam sem fim
felizes
e largam pétalas pelo chão
poemas feitos de solidão
nesta tarde leda,
vestidos de pura seda.



natalia nuno
rosafogo



Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe


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