a casa está vazia batem as portas ao vento as arvores têm a raiz contorcida desde que aqui deixou de haver vida. o perfume é doce e forte o assobio dum pássaro vem lembrar a morte. o ar torna-se abafado e uma ruga surge com brusquidão meu olhar perturbado só o rio canta as mesmas cantigas de então... é como se eu fosse outra pessoa e já não eu... já não vejo a colcha de retalhos colorida nem a cântara já meio partida nem o galo de garganta afinada cantando pela madrugada como tudo parece abandonado sempre o tempo e sua hostilidade ah...mas do sabor da sopa chega a saudade... Há quem diga que é imaginação mas não é...não! ouço novidades trazidas por vozes inquietas são novas, novas verdades que vêm de além da casa de portas abertas onde já não habita ninguém. e a voz do vento faz-se ouvir O atrás já não existe voa sê livre no pensar, não negues as asas, deixa-te voar. natalia nuno rosafogo imag-net |
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira. Johann Wolfgang Von Goethe |
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Autor | rosafogo |
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Data | 07/04/2013 22:02:15 |
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