terça-feira, 13 de maio de 2014

hei-de morrer serena...

minha estrela é tão fugaz
ao meu olhar entristecido
que já não sou capaz
de olhar minha face no espelho
sem ficar de olhar caído,
dói e dor física não é!
é dormente encruzilhada
vale sombrio...
que emsombra meu pensamento
vazio.

caminho pesarosa
ouvindo no espírito o murmúrio
do mar, onde pouso o olhar
e tudo parece tranquilo
numa realidade teimosa
de continuar a ser aquilo...
mas sou apenas a saudade do
que fui.

o que magoa?
é a alegria dos pássaros
como se não dessem p'la minha
solidão
e esta dor que me fastia até à
exaustão...

onde foi que me perdi
a mim própria me interrogo,
onde me recolhi?
que minha voz murmura no mar
como maresia fina
lá longe à distância
onde me deixei menina.

não venham com pedras na mão
que não valerá a pena
nem me falem com compaixão
todo o dia acaba de novo
principia...
hei-de morrer serena.

natalia nuno
rosafogo




Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe


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