sexta-feira, 11 de maio de 2012

À VIDA (MENINA, MULHER)

Sonetos : À Vida ( Menina, Mulher)
Tags: saudade mulher menina sina telha vã
Nunca perdi o jeito de ser menina
Aquele jeito de criança arrebatada
Nasci Mulher, trazia na mão a sina
Mas sem madrinha, nasci mal-fadada.

Nasci humilde, em casa de telha vã,
Lutei pelo meu pedaço de chão e sol
Ainda menina aguardando meu amanhã,
Venci medos, mas a Vida não foi mole.

Tinha Sonhos, tantos que depressa voei
Depressa, que aprendi a palavra saudade!
De alma pura esqueci do Mundo a maldade.

Um punhado de terra, nos há-de separar
É esta a verdade na minha alma assente!
Mas enquanto viva serei, saudade da gente.


rosafogo



Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe

Escrevo para que a vida continue sendo vida.
  
rosafogo
Autorrosafogo
Texto
Data07/02/2010 19:10:47
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Enviado porTópico
AnaCoelho
Publicado: 07/02/2010 19:36 Atualizado: 07/02/2010 19:36
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)
Rosa

é muito bom quando não se perde o jeito de ser menina mesmo quando a vida faz da menina mulher mais depressa.

Beijos

Enviado porTópico
rosafogo
Publicado: 07/02/2010 21:17 Atualizado: 07/02/2010 21:17
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)/Aninha
Outros tempos Aninha, mas como passou rápido
hoje me lembro de laços e folhos e viva, bem viva,
esta menina adormecida em mim.

Obrigado amiga
beijinho
da rosa

Enviado porTópico
visitante
Publicado: 07/02/2010 19:51 Atualizado: 07/02/2010 19:51
Re: À Vida ( Menina, Mulher)
Gostei do poema como sempre brilhas e fascinas os leitores parabens.
bjs

Enviado porTópico
rosafogo
Publicado: 07/02/2010 21:20 Atualizado: 07/02/2010 21:20
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)/Rxhulb
Que bom Ricardo, és generoso na apreciação.
Fico satisfeita por saber que os amigos gostam
do modo simples muito meu de versejar.

Obrigado fica bem
abraço da rosa

Enviado porTópico
Vania Lopez
Publicado: 07/02/2010 20:26 Atualizado: 07/02/2010 20:26
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)
Voar e ser menina ao voar... e le-te é algo sublime. bjss

Enviado porTópico
rosafogo
Publicado: 07/02/2010 21:23 Atualizado: 07/02/2010 21:26
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)/Vania
Minha menina linda também ler tua poesia é como ouvir um sino em dia de festa num chamamento a
que ninguém resiste, um domingo cheio de Sol.

Obrigada amiga
beijinho
rosa

Enviado porTópico
VónyFerreira
Publicado: 07/02/2010 20:57 Atualizado: 07/02/2010 20:57
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)
Destaco a parte final do poema, Rosa

"Um punhado de terra, nos há-de separar
É esta a verdade na minha alma assente!
Mas enquanto viva serei, saudade da gente."

Lindo!
Beijo
Vóny Ferreira

Enviado porTópico
rosafogo
Publicado: 07/02/2010 21:25 Atualizado: 07/02/2010 21:27
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)/Vóny
Obrigado pela tua presença, sempre muito importante para mim. Fico feliz se achas bonito
eu fico orgulhosa.

Beijo amiga
da rosa

Enviado porTópico
gyldoido
Publicado: 07/02/2010 21:23 Atualizado: 07/02/2010 21:23
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)
O cao-poeta tinha comido
Da panela de um cigano
Pimenta, sebo e tutano
Cebola e peba dormido
Foi tão grande o estampido
Que se ouviu no Pajeú
Toda praga de urubu
Da caixa prego desceu
O peido que o cao-poeta deu
Quase não passa no cu

Na fazenda Gado Brabo
Num casamento que havia
Comeu tanto nesse dia
Mocotó, feijão, quiabo
Meia noite abriu do rabo
Defecando o que comeu
Toda prega se rompeu
Na porteira do baú
Quase não cabe no cu
O peido que o cao-poeta deu

Quando o peido quis fugir
As tripas se revoltaram
E o cu do peido vedaram
Para o peido não sair
O peido não quis pedir
Mas o cu se arrependeu
O peido inchou e cresceu
Do jeito de um cururu
Quase não cabe no cu
O peido que o cao-poeta deu

Cú seboso e vagabundo
O peido tinha razão
Um fundo fazer questão
De um peido passar no fundo
Mais veloz como um segundo
Esse peido endoideceu
Fez finca-pé no "suru"
Quase não cabe no cú
O peido que o cao-poeta deu

Depois da grande explosão
O cao-poeta se aliviou
A meninada apanhou
"Caco" de cú pelo chão
Pano de fundo e botão
Caroço e casca de umbu
Uma chibata de angu
Do entre perna desceu
O peido que o cao-poeta deu
Quase não passa no cú

Não foi brincadeira não
Quando o rabo estremeceu
O peido que o cao-poeta deu
Ribombou como um trovão
Ele firmou-se no chão
No tronco de um mulungu
Levantou o mucumbu
Abriu a tripa gaiteira
Quando o peido fez carreira
Quase não passa nu cú

Ele não tem cerimonha
De peidar seja onde for
Me disse Joaquim, senhor
Que esse cao-poeta senvergonha
Viciou-se na maconha
Mocotolina e pitu
Bebe mais do que timbu
No samba de Zé Bedeu
O peido que o cao-poeta deu
Quase não passa no cú

Quase não pode passar
O chefe da caganeira
O peido encontrou barreira
Deu vontade de voltar
Pois quem quer se libertar
Enfrenta até canguçu
Depois do maracatu
O dono do cu gemeu
O peido que o cao-poeta deu
Quase não passa no cú

Eu não conheço valente
Por muito brabo que seja
Que não peide na peleja
Vendo o perigo na frente
Com o medo que a gente sente
Mais ligeiro o peido vem
Empurrado por xerém
Cebola, feijão, quiabo
Dizer na porta do rabo
O valor que o peido tem

No mundo não há ninguém
Pra saber mais do que eu
O valor que o peido tem
E o peido que o gyl deu
Quase nao passa no cú

O divogado peidou num trem
Que ficou de bunda pensa
Um nêgo pediu licença
Soltou um peido também
O divogado disse meu bem
peido grande só o meu
Vale por trinta do teu
Peidei melhor do que tu
Quase não cabe no cu
O peido que o gyl deu

Assim que o peido passou
O gyl fez uma careta
A bunda ficou mais preta
O cu abriu-se e fechou e
Um chifrudo perguntou
O que foi que aconteceu?
Um veado respondeu:
Ainda não sabes tu!
Quase não cabe no cu
O peido que o gyl deu

O peido é coisa comum
Chega para todo mundo
Mas de não passar no fundo
Talvez não haja nenhum
Quando o gyl soltou um
Fedendo a defunto nu
Não escapou urubu
Quem tinha venta perdeu
O peido que o gyl deu
Quase não passa no cú

Peido não sabe o que faz
É comum cego sem guia
Quase o peido não saía
O volume era demais
Para passar por detrás
Foi tão grande o sururu
Entre castanha e pitú
O pitú foi quem venceu
O peido que o gyl deu
Quase não passa no cú

Assim que o peido gritou
Na chapeleta do fundo
Na quadratura do mundo
A voz do peido estrondou
Velho Amazonas deixou
De lutar contra o Xingu
E o preto urubú disse
Ao peido o mundo é teu
O peido que o gyl deu
Quase não passa no cú

Se famoso quis ficar
Dante sofreu na comédia
Shakespeare, na tragédia
Camões em gôa a nadar
Teve Homero de cantar
Os feitos da raça grega
A que ponto o mundo chega
Um peido eterno ficou
Depois que imortalizou
Um cao-poeta que ficou
Com o cú arrombado...
E so peida: Pitú,e cachaça...


irmao-gemeo. drraw .......

Enviado porTópico
Gyl
Publicado: 07/02/2010 22:08 Atualizado: 07/02/2010 22:08
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)
Mais um texto nostálgico, belo e melancólico. Acho que é uma especialista nesse tipo de arte. Canta e encanta com teus versos harmoniosos e deliciosos! Beijos no coração e perdão por algo que não tenho culpa mas que me incomoda muito! Mais beijos! É uma das minha preferidas!

Enviado porTópico
rosafogo
Publicado: 07/02/2010 22:28 Atualizado: 07/02/2010 22:29
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Localidade: Natural de LAPAS-Torres Novas - Vive em- LOURES
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)/Gyl
Tudo bem amigo, sabes como se diz na minha terra os cães ladram e a caravana passa. Não tens que te desculpar, tu que escreves tão bem, e és um amigo de longa data, não me passaria pela cabeça,
imaginar que escrevesses semelhante. Se é uma dedicatória que a pessoa escreve terá que a deixar
a quem é dedicada e lê quem quer, não é vir colocá-la aqui, a mim não me diz nada, mas acho uma incrível falta de respeito, somos gente de bem, não de valdevinos.
Mas já passou, quero agradecer-te as palavras elogiosas ao meu soneto e à minha pessoa, és
um amigo querido.

beijos
da rosa

Enviado porTópico
HorrorisCausa
Publicado: 07/02/2010 22:22 Atualizado: 07/02/2010 22:22
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)
a ternura do teu poema é contagiante.

beijo

Enviado porTópico
rosafogo
Publicado: 07/02/2010 22:32 Atualizado: 07/02/2010 22:33
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Re: À Vida ( Menina, Mulher)/HorrorisCausa
Obrigada Maria, fico sem jeito para te agradecer
como mereces. És uma excelente escritora e
receber teu comentário me deixa muito orgulhosa.

beijo com carinho
da rosa

Enviado porTópico
Sterea
Publicado: 09/02/2010 09:20 Atualizado: 09/02/2010 09:20
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Mensagens: 2306
Re: À Vida ( Menina, Mulher)
A tua vida será sempre menina. Sabes porquê?... porque ainda guardas a pureza da inocência, a ternura da generosidade, o riso da esperança e a grandeza da simplicidade...

Beijinho, rosa-em-botão-bem-apertado...



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